Dezembro 2018-4 | Revista O Meu Bebé

Dezembro 2018-4

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Como é o seu recém-nascido
Quais são as características físicas e as capacidades sensoriais do bebé durante as primeiras semanas de vida? Vamos conhecê-las.

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A CARA: UMA PALETA DE CORES
A pele do rosto de um recém-nascido é muito delicada e, frequentemente, avermelhada. Também se podem observar umas pequenas borbulhinhas brancas, devidas à acumulação de células epidérmicas bloqueadas na entrada de um folículo, ou então crosta láctea, umas pequenas escamas de pele amareladas, semelhantes à caspa. Estas são determinadas por predisposição genética e pela dificuldade do metabolismo em processar as hormonas provenientes da mãe. Por vezes, na cavidade bucal podem aparecer os chamados sapinhos, candidíase oral, placas brancas provocadas pelo fungo Cándida albicans.

AS ORELHAS: SEMPRE ATENTAS!
Por vezes os bebés nascem com uma das orelhas dobrada como consequência da sua expulsão durante o parto. Não é grave. O pavilhão auricular ganhará rapidamente a sua forma correta. De qualquer forma, a criança ouve bem, reconhece claramente sons e ruídos desde o último trimestre na barriga da mãe. As vozes interessam-lhe e especialmente a da mãe.

OS OLHOS: VÊ O QUE NECESSITA
O recém-nascido possui uma capacidade visual adequada às suas necessidades. Foca os objetos que se encontram aproximadamente a 30 centímetros, como por exemplo, o rosto da mãe durante o aleitamento. A cor dos olhos (cinzento-azulados ou castanhos) ainda não é definitiva. Geralmente, a íris ganha pigmentação e escurece num período de entre seis a oito meses.

O CHORO: UMA FORMA DE COMUNICAR
Geralmente, o bebé apresenta quatro tipos de choros: por fome, forte e intenso; por sono, que no início parece mais um lamento; por nervosismo, um choro intermitente; por dor, que começa com um grito forte e repentino. O choro por dor mais habitual é provocado pelas cólicas do lactente, que ao mesmo tempo flexiona as pernas sobre a barriguinha.

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AS FONTANELAS: FUNDAMENTAIS DURANTE O PARTO
São seis pequenas zonas moles e latentes na cabeça do recém-nascido, localizadas nos pontos onde os ossos ainda não solidificaram. Graças à sua elasticidade, a cabeça consegue passar pelo canal de parto. A fontanela principal situa-se na parte superior frontal, tem forma de losango e mede cerca de dois centímetros. Ainda que deva ser tratada com cuidado, a fontanela não é tão delicada como se pensa e a manipulação do bebé durante a sua higiene e banho não acarreta nenhum perigo.

AS MÃOZINHAS: PREPARADAS PARA TOCAR O MUNDO
Entre os cinco sentidos, o tato é aquele que o recém-nascido desenvolve mais depressa, porque o bebé pôde começar a «exercitá-lo» ainda na barriga da mãe, brincando com o cordão umbilical e chuchando o polegar. Se tocar na palma da mão do seu filho com um dedo, ele aperta-o por reflexo. As suas unhas, apesar de muito finas, podem ser extremamente compridas e crescem rapidamente.

O COTO UMBILICAL: DEVE MANTER-SE SECO
O abdómen de um recém-nascido é muito arredondado. No centro, encontra-se o coto umbilical que secará e cicatrizará mais depressa quanto mais seco se mantiver. Por esta razão é importante deixar a barriga do seu bebé destapada, de vez em quando, se o clima o permitir. Geralmente, o desprendimento do coto ocorre entre três a sete dias após o nascimento, ficando uma pequena crosta que cairá passados poucos dias, deixando uma cicatriz permanente: o umbigo.

GENITAIS: SÃO GRANDES E UM POUCO AVERMELHADOS
Devido às hormonas transmitidas pela mamã durante a gravidez, no nascimento, a vulva e os testículos são, proporcionalmente, um pouco maiores do que o resto do corpo. Além disso, podem ser bastante vermelhos, pela grande afluência de sangue na zona genital. Estes são fenómenos normais com os quais não deve preocupar-se, pois desaparecem à medida que o corpo do bebé “estabilizar”.

OS PÉS: É NORMAL ESTAREM FRIOS
Muitas vezes, os pezinhos (e também as mãozinhas) do bebé estão frios, mas não deve preocupar-se, pois tem a ver com o facto de o aparelho circulatório ainda se encontrar em “aprendizagem”. Se o colocar numa posição erguida e com os pés apoiados numa superfície, o bebé simulará alguns passos; é o chamado reflexo de marcha automática.

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10 perguntas sobre a dor

As cólicas, os primeiros dentes, otite, uma pancada… Vamos ver o que pode fazer para aliviar as dores do seu filho.

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Os bebés sentem dor como os adultos?
A dor faz parte parte da vida. É uma ocorrência bioquímica que implica um aspeto emocional de sofrimento. As crianças também o percebem e, até aos 36 meses, de forma mais intensa do que os adultos. É por esta razão que as suas manifestações de dor nos parecem tão intensas, ainda que se trate simplesmente de uma pancada, uma queda ou uma nódoa negra. Não fazem “teatro”; por motivos biológicos têm maior sensibilidade à dor física.

Como se pode aliviar a dor nos mais pequeninos?
A primeira coisa que os pais devem fazer é tranquilizar o seu filho: os mimos, as festas e as canções infantis podem ajudá-lo a acalmar. Recordemos o trabalho sábio das nossas avós, que sempre nos sabiam tranquilizar. Uma atitude calma por parte dos adultos reduz a perceção que a criança tem da dor em cerca de 50%. Os pais devem evitar transmitir a sua preocupação e ansiedade à criança e, sim, mostrar uma atitude segura e decidida.

Como saber se o bebé sente dor quando ainda não fala?
É extremamente importante saber que nível de dor tem o bebé, inclusive quando ainda não fala. Para este fim, existem as chamadas “escalas validadas de dor”, ou seja, uma série de instrumentos que o pediatra, e também os pais, podem utilizar para conhecer o nível de dor da criança. Para os bebés utiliza-se a escala FLACC, que avalia cinco aspetos do comportamento da criança, atribuindo-lhe uma pontuação de 0 a 2. A combinação destes fatores permite conhecer o grau de dor do bebé.

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Se a criança denota mal-estar físico, a informação que nos fornece é fiável?
Para o saber, muitos centros de saúde utilizam uma escala com desenhos de rostos chamada “Wong Baker”. Este método consiste em mostrar à criança as imagens de várias caras que vão de 0 (representado com uma cara sorridente e com a legenda “sem dor”) passando por 6 (uma cara triste), até ao 10 (com uma cara que chora desesperada e com a legenda “a pior dor possível”).

Quais são as dores mais comuns durante os primeiros anos de vida?
Certamente os pequenos traumatismos, como um galo na cabeça ou uma negra nas pernas, normalmente quando a criança começa a gatinhar, as quedas dos primeiros passos e das brincadeiras, como por exemplo ao andar de triciclo, balouço ou ao deslizar no escorrega. Também é preciso contar com as infecções passageiras dos ouvidos, nariz, faringe, vias urinárias e intestinais.

Como devemos agir perante as cólicas do lactente?
Trata-se de uma dor típica dos primeiros três meses e que, normalmente, se manifesta ao fim da tarde ou no princípio da noite. Alterna momentos de pranto e desespero do bebé com as fases em que ele tende a relaxar e dormir.
O remédio? Por vezes, a dor pode ser aliviada quando o bebé expulsa gases ou fezes. Também pode fazer-lhe uma massagem circular na barriga, no sentido dos ponteiros do relógio e em redor do umbigo.

O bebé pode sentir incómodo e dor quando rompem os dentes. O que deve fazer?
Geralmente a dentição não é causa de dor aguda nos bebés, se bem que algumas crianças têm especial sensibilidade e sofrem episódios de pranto. Uma massagem suave nas gengivas ou o morder de um objeto frio (não congelado) são remédios caseiros que podem ser muito úteis. O pediatra também poderá indicar o uso de um gel anestésico ou a administração de um analgésico, sempre seguindo as doses por ele recomendadas.

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O ouvido é delicado e a dor, nesta zona, afeta inclusive a lactância. Existem remédios para este problema?
A otite é uma patologia bastante frequente e dolorosa na idade pediátrica. No inverno, a otite média aparece mais frequentemente e tem uma origem infeciosa, enquanto que, no verão, é mais fácil desenvolver uma otite externa provocada, sobretudo, pelos banhos na piscina ou na praia e pelo vento. O diagnóstico definitivo deve ser feito pelo pediatra, através de um exame chamado otoscopia, para que possa prescrever o medicamento mais adequado.

Como e quando utilizar analgésicos?
Em primeiro lugar é importante conhecer a causa da dor. Os pais devem explicar ao médico quais são os sintomas, quando surgiu a dor e quais são as possíveis causas do seu aparecimento. O pediatra deve prescrever o fármaco, as doses tomadas e a duração do tratamento, que, normalmente, é feito com paracetamol ou ibuprofeno.

Dores de crescimento: existem mesmo?
Na verdade estas são dores benignas da infância, que costumam surgir à tarde ou à noite. Cerca de 20% das crianças sofrem este problema, normalmente entre os 4 e os 10-12 anos de idade. A dor, que pode surgir em forma de cãibra, aparece principalmente nas pernas, na zona por detrás do joelho, mas também pode surgir nos braços. Os pais devem estar tranquilos, pois este problema resolve-se com o crescimento.

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Uma cãibra repentina

Caracteriza-se por uma dor aguda que ocorre sobretudo durante a noite. O exercício regular e uma alimentação rica em potássio e magnésio ajudam a combater as cãibras.

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A SUA ORIGEM NÃO É CLARA
Ainda se desconhece a causa concreta deste problema. Provavelmente sejam vários os mecanismos responsáveis, entre os quais se destaca a redução da velocidade da circulação sanguínea nas extremidades.
Nos últimos meses, o feto é já tão grande que adota posições que pressionam, sobre a veia cava, o vaso que permite efetuar o retorno do sangue venoso da periferia até ao coração. Como consequência, os músculos das pernas recebem menos oxigénio e por isso se formam as cãibras. É preciso não esquecer que a vida sedentária, o facto de não praticar qualquer atividade física e andar pouco, não ajuda a uma circulação do sangue adequada. Por outro lado, uma alimentação desequilibrada, concretamente a carência de potássio, favorece o aparecimento do problema. Por último, não deve subestimar o hábito de fumar, que pode acentuar a alteração da circulação periférica, logo, é um habito a eliminar completamente no caso das grávidas.

INTERVENÇÃO IMEDIATA
Quando a cãibra aparece a dor é intensa e especialmente aguda. Deve esticar o músculo afetado, massajando a zona dorida, e pedindo ajuda a outra pessoa. Se a cãibra surge no músculo da barriga da perna, pode tentar colocar as mãos debaixo dos dedos do pé e fletí-los para cima. Se se manifesta quando está deitada, pode levantar-se e andar. Para tentar prevenir esta dor experimente tomar algumas medidas antes de se deitar. Por exemplo, tome um banho quente ou faça um pedilúvio e depois tome um duche frio para ativar a circulação. Também pode fazer um exercício muito simples que consiste em pôr uma bola de ténis debaixo do pé, fazendo-a rodar no chão, de modo a efetuar uma massagem na planta do pé (primeiro um pé e depois o outro). O retorno do sangue venoso também é facilitado quando anda nas pontas dos pés.

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EXERCÍCIO FÍSICO E VARIEDADE À MESA
Para combater o aparecimento deste problema é recomendável que pratique uma atividade física de forma moderada e constante. As atividades mais adequadas para este fim são a natação e os alongamentos, mas também pode optar por um longo passeio a pé. Aconselha-se que as futuras mães bebam muita água e que tenham uma alimentação o mais equilibrada e variada possível, com alimentos ricos em potássio e magnésio. Se o problema for especialmente acentuado, pode recorrer a um suplemento destes minerais. Atenção às situações de risco, como saltar uma refeição ou chegar a casa excessivamente cansada. E por último, uma informação para a tranquilizar: após o parto este problema resolve-se espontaneamente e sem deixar rasto.

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Quanto sabe sobre as contrações?…

Nem todas são iguais. Existem muitos tipos de contrações. Responda às perguntas do nosso teste para aprender a reconhecê-las.

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Durante os nove meses:
A > Produzem-se sempre contrações.
B > Apenas se produzem quando se inicia a dilatação.
C > As contrações notam-se unicamente na segunda gravidez.

2 O termo “precoces” indica:
A > Contrações que poderiam gerar um parto prematuro.
B > Uma rápida dilatação.
C > Um avanço da dilatação.

3 As contrações de Braxton-Hicks manifestam-se:
A > Na última fase da dilatação.
B > Com a expulsão da placenta e das secundinas.
C > Nas últimas semanas de gravidez.

4 Durante a dilatação, as contrações:
A > Começam com intervalos irregulares, depois, tornam-se regulares.
B > Começam por ser regulares, depois, tornam-se irregulares.
C > Possuem uma frequência imprevisível.

5 As contrações pós-parto:
A > Notam-se logo a seguir ao parto.
B > Notam-se especialmente durante a lactância.
C > Quase nunca se notam.

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1 A  PRODUZEM-SE SEMPRE
O endurecimento repentino do útero pode produzir-se em qualquer fase da gravidez. Se as contrações não provocarem dor, não é necessário preocupar-se, estas são contrações fisiológicas, de reação, ou seja; são devidas a espasmos da musculatura uterina, talvez porque a bexiga esteja repleta e empurre um pouco o órgão, ou porque a futura mãe efetua um esforço intenso ou simplesmente porque ao acariciar a barriga, o bebé responde com movimentos. Uma vez que a causa “desencadeadora” se detém, a contração termina e tudo volta à normalidade.

2 A CONTRAÇÕES QUE PODERIAM PROVOCAR UM PARTO PREMATURO
A futura mãe também pode notar outro tipo de contrações “invulgares”, mais intensas e frequentes e acompanhadas de uma dor semelhante à da menstruação. Habitualmente, esta sensação desaparece e a situação resolve-se. De qualquer forma, é preferível consultar o ginecologista para excluir a possibilidade de se tratar de contrações potencialmente precoces, capazes de alterar o colo do útero e ativar a dilatação, o que poderia desencadear um parto prematuro. Se, durante o exame, o ginecologista verifica que o colo do útero ainda se encontra fechado e mede pelo menos três centímetros de comprimento, a mãe pode voltar para casa: o risco de um parto prematuro é mínimo, e, neste caso, a prescrição médica é o repouso.
Pelo contrário, se as contrações provocarem uma alteração efetiva do colo do útero, é necessário que seja internada imediatamente, para manter a situação sob controle e evitar que as contrações gerem um parto prematuro. Para bloquear estas contrações, administram-se alguns fármacos tocolíticos por via endovenosa. Estes têm a capacidade de relaxar a musculatura uterina e de deter o processo do nascimento do bebé.

3 C NAS ÚLTIMAS SEMANAS DE GRAVIDEZ
As contrações de Braxton-Hicks, que devem o seu nome ao médico que as identificou pela primeira vez em 1872, também são conhecidas por “falsa dilatação”. São contrações suaves, localizadas na parte inferior do ventre, irregulares, e que duram cerca de 30 segundos. São habituais nas últimas semanas da gravidez (embora, dependendo da constituição física, se possam notar inclusive desde os seis meses) e não são perigosas. Pelo contrário, são muito úteis; não provocam a dilatação mas, sim, preparam o colo do útero para o futuro parto.

4 A COMEÇAM POR SER IRREGULARES, DEPOIS, TORNAM-SE REGULARES
No início notam-se contrações esporádicas e de curta duração (menos de 60 segundos). Possuem uma frequência irregular e são acompanhadas de dores semelhantes às da menstruação. Depois aparecem as contrações características da dilatação propriamente dita, que se apresentam com uma frequência regular: ocorrem, no mínimo, a cada cinco minutos e duram aproximadamente um minuto. Ao longo do processo, o intervalo entre contrações vai-se tornando mais curto. Graças a estas contrações, muito mais dolorosas do que as anteriores, inicia-se o que se conhece como a fase de dilatação do colo do útero.

5 B ESPECIALMENTE DURANTE A LACTÂNCIA
Logo após o nascimento do bebé, o tamanho do útero começa a reduzir-se progressivamente até recuperar a normalidade, cerca de 30 a 40 dias depois do parto. Durante os primeiros dias do puerpério, as contrações pós-parto podem ser, inclusive, dolorosas, semelhantes às cãibras abdominais do período menstrual, e são notadas especialmente durante a amamentação. Quando o bebé toma o leite do peito, o organismo materno segrega muita oxitocina, uma hormona que, entre outras funções, estimula precisamente as contrações uterinas (antes e depois do parto).

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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